BAURU: FAMÍLIA DE HOMEM MORTO POR CEROL PEDE POR JUSTIÇA

  • 04/04/2023
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BAURU: FAMÍLIA DE HOMEM MORTO POR CEROL PEDE POR JUSTIÇA

Um motociclista de 45 anos morreu, por volta das 17h40 deste domingo (2), após ter o pescoço cortado por uma linha de pipa com cerol, no quilômetro 349 da rodovia Marechal Rondon (SP-300), na altura do Núcleo Gasparini, em Bauru. Segundo o boletim de ocorrência (BO), o caso foi registrado como homicídio. Diante da fatalidade, a família de Francis Vieira da Silva pede por justiça: "Estamos revoltados. Queremos que o culpado seja punido. Foi um assassinato", declara Rosângela Aparecida Genaro Hashimoto da Silva, esposa da vítima.

Durante o velório, realizado na tarde desta segunda-feira (3) no Centro Velatório Reunidas, Rosângela contou à reportagem que Francis estava voltando para Bauru para trabalhar, após celebrar o aniversário da sogra, em Guarantã. Ele atuava como operador de máquina rotuladora em uma empresa fabricante de bebidas, em Agudos.

"Minha mãe é paliativa e nós fomos vê-la porque não sabíamos se este seria o último aniversário dela. Nós fomos juntos de moto, mas eu decidi ficar para voltar mais tarde com meu filho, e ele voltou mais cedo para ir trabalhar à noite. Eu mandei mensagem, liguei, para saber se ele chegou bem. Mas ele não me respondeu. Tive um pressentimento ruim", detalha a esposa de Francis. Ela mencionou ainda que o pai dela e sogro da vítima faleceu em outubro do ano passado, vítima de câncer.

"Espero que o que aconteceu com ele sirva para termos uma legislação mais rigorosa em relação ao cerol e evitarmos outras vítimas. Quero que a justiça seja feita e que o culpado seja punido. Foi um assassinato. Por negligência e maldade, meu único e verdadeiro amor foi tirado de mim. Sentirei saudade a cada batida do meu coração", completa Rosângela, bastante emocionada, amparada pela irmã, Patrícia Genaro Hashimoto.

Francis foi sepultado ontem, no Cemitério Municipal de Pirajuí, e, além da esposa, deixou o filho Rafael Genaro Hashimoto Anastácio, de 24 anos.

INVESTIGAÇÃO

Segundo o delegado Eduardo Herrera, da Central de Polícia Judiciária (CPJ), que preside o inquérito policial, a investigação atuará para identificar o proprietário da linha com cerol, e verificar se o mesmo tem mais de 18 anos. "A princípio, o caso é apurado como homicídio culposo. Porém, a depender das evidências coletadas no inquérito, pode ser que a tipificação mude para homicídio com dolo eventual", explica.

Além de responder criminalmente caso alguém se machuque, o uso do cerol - mistura entre cola e vidro - e de qualquer outro material cortante em linhas de pipa é proibido em São Paulo, de acordo com a Lei Estadual 17.201/2019, que prevê multa para quem for flagrado com o item ilegal.


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